segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Em ruínas


"Um amigo me levou para o lugar mais incrível no outro dia, chamado o Augusteum. Otávio Augusto construiu para abrigar seus restos mortais. Quando os bárbaros vieram destruíram com tudo. O grande Augusto, o primeiro grande imperador de Roma. Como ele poderia ter imaginado que Roma, o mundo inteiro de que ele tinha conhecimento, estaria em ruínas. É um dos lugares mais silenciosos e solitários em Roma. A cidade cresceu em torno dele ao longo dos séculos. Ela se sente como uma ferida preciosa, uma mágoa que você não vai deixar para trás porque dói muito. Nós todos queremos que as coisas continuem as mesmas. Acomodados a viver na infelicidade, porque temos medo de mudança, de as coisas se desintegrando em ruínas. Então eu olhei em volta para este lugar, para o caos que tem sofrido – o caminho que tem sido adaptado, queimado, pilhadas e que mesmo assim encontrou uma maneira de construir-se novamente para cima. Então fiquei mais tranqüila, talvez a minha vida não tem sido tão caótica, é apenas o mundo que é, e a verdadeira armadilha é se apegar a quaisquer delas. A ruína é um dom. A ruína é o caminho para a transformação.”


Trecho do livro Comer, rezar e amar de Elizabeth Gilbert

4 comentários:

  1. Cris
    O tempo passa mas a diferença é viver ou acomodar-se, acho que sei qual foi a tua escolha.
    Bela postagem!

    ResponderExcluir
  2. Linda foto, Cris! Isso é muito Itália... Estou pensando em fazer um almoço "brasuca" aqui em casa nos próximos fins de semana. Vou te avisar! Beijo!

    www.disegnoamilanesa.blogspot.com

    ResponderExcluir
  3. Que trecho maravilhoso..me arrepiei ao ler.
    Obrigada por compartilhar conosco.
    bjs
    Liz

    descedoponei.blogspot.com

    ResponderExcluir
  4. Toda ruína tem sua historia.
    Muito lindo
    Beijos

    ResponderExcluir